A capela de Nossa Senhora do Sagrado Coração tem sua arquitetura caracterizada por um estilo eclético que integra aspectos românicos (arcos semicirculares) e traços da arquitetura cisterciense (representados pela Cruz de Malta, arautos (anjos), como a cimalha e as janelas geminadas triplas acima dos contrafortes e pilastras. Durante o período da administração trapista os arredores da capela também foram espaços de entretenimento. Apresentações musicais, teatrais e oficinas de trabalhos manuais eram realizadas para distrair e unir os trabalhadores em finais de semana, feriados e dias santos. Em seu entorno, as instalações abastecidas pela energia elétrica (gerada no reservatório da então Trapa Maristela) movimentavam máquinas dedicadas ao beneficiamento do arroz. A chaminé em suas proximidades é vestígio arquitetônico desse período com presença marcante na paisagem rural daquela seção do território municipal. Trata-se de uma capela privada e fechada à visitação regular. As hoje ruínas do Bairro do Berisal são evidências paisagísticas dos vinte e sete anos de permanência trapista em Tremembé, comunidade religiosa que manteve iniciativas sociais junto dos trabalhadores rurais locais, com interrupção de seus benefícios a partir de 1925. Por efeito da venda da propriedade que os Trapistas operavam no Bairro do Berisal e com a partida do primeiro grupo de religiosos para a Europa (em 1927) as atividades foram gradualmente diminuindo. Juntamente com o número de trabalhadores empregados na Trapa Maristela.
Estrada municipal Laurindo de Paula, S/N. Bairro do Berizal.
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